O Evangelho Segundo Jesus Cristo foi publicado em 1991 é é uma das obras mais polémicas de José Saramago.
Considerada blasfema e abusiva por alguns, motivos que levaram o autor a exilar-se em Lanzarote onde veio a falecer.
Quase vinte anos depois da primeira edição, este evangelho já é encarado com maior tolerância, mas o seu conteúdo continua a gerar sorrisos e agrado para alguns, surpresa e opiniões contraditórias noutros.
O certo é que ninguém fica indiferente!
Segundo Miguel Gonçalves Mendes “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” " É o mais cinematográfico de todos os romances de José Saramago, é o que tem a estrutura para adaptar para cinema".
E acrescenta :"A leitura da história é minha", mas fica a “alma” do romance. "A desconstrução da imagem de Jesus, a questão da culpa, do livre arbítrio, do Bem e do Mal, de estarmos perdidos, o próprio papel da mulher, injustiçada", tudo isso está lá afirma Miguel Mendes.
Esta obra cinematográfica põe a parte as questões polêmicas surgidas quando da publicação do livro.
Na mesma notícia da Lusa pode ler-se que na nota de intenções, Miguel Gonçalves Mendes afirma que "este filme é exatamente sobre a que ponto chega a crueldade humana, seja em nome do poder, do dinheiro, das relações ou de um deus".
“O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, publicado em 1991, conta a história da vida de Jesus, numa interpretação do texto religioso, mas a edição foi alvo de acerbas críticas sobretudo por parte da Igreja.
Na altura, o então sub-secretário de Estado da Cultura, António Sousa Lara, vetou a candidatura do romance a um prémio literário, dizendo que ofendia "a moral cristã".
Tudo isto fez com que José Saramago deixasse Portugal, passando a viver em Espanha, na ilha de Lanzarote.
Miguel Gonçalves Mendes disse estar preparado para a contestação que o filme vai gerar quando sair, mas por enquanto está na fase de financiamento, e tem quase garantidas parcerias internacionais.
Fonte: Zita Ferreira Braga em Jornal HardMusica
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