O trabalho de levar a Palavra de Deus a moradores de Arica, no Chile,
que vivem em regiões de até 4 mil metros de altitude acima do nível do
mar, é possível só mesmo com a graça de Deus. “Gozamos da proteção do
Senhor, visto que com frequência passamos por montanhas altíssimas,
desfiladeiros, caminhos inóspitos, onde a vida teima em surgir e é
rechaçada pelo calor do meio-dia ou pela baixa temperatura nas
madrugadas do deserto”, revela o Pr. Claudinei Godoi, missionário da JMM
no Chile.
Semanalmente, o pastor e sua esposa, a missionária Priscila Godoi,
sobem a 2.500 m de altura e, recentemente, chegaram a 4.500 m. Isso
produziu neles um pouco de taquicardia, dores de cabeça e mal estar.
Tamanho esforço é recompensado pelos momentos de alegria que podem
compartilhar com os irmãos que vivem nessas localidades quase que
inacessíveis.
Em Huara, uma pequena vila que em 2005 foi quase totalmente devastada
por um terremoto, cerca de 20 irmãos fiéis se reúnem numa casa feita de
barro e palha. A maioria desses irmãos é de ascendência indígena e,
apesar dos poucos recursos e quase nenhuma infraestrutura para um
templo, não deixam de ter seus momentos de adoração a Deus.
Em Poço Al Monte um missionário da terra prossegue, tenazmente, na
implantação da igreja numa comunidade Aymará. A cidade está localizada
mais ao sul de onde estão os missionários, mas ainda faz parte do
Deserto do Atacama. Segundo o Pr. Claudinei, a aparência do local
impressiona. Pequenas casas construídas com material de baixa qualidade e
a paisagem extremamente seca fazem com que o cenário pareça triste e
desolador. O obreiro da terra, pacientemente, procura “algumas de suas
ovelhas”, enquanto no modesto salão onde se reúnem um alto-falante toca
músicas cristãs anunciando que o culto vai começar. Poucas pessoas
aparecem, mas o pastor persevera em sua missão de cumprir o “ide” de
Jesus.
“Temos ‘sonhos’ para o deserto. Nesses anos de ministério, aprendi
que a fé não é controlada pela lógica, não limita suas possibilidades ao
visível e não ouve apenas o audível. Apesar de todas as evidências,
acredito que existe muito mais vida neste deserto do que aquilo que
posso ver com meus olhos”, analisa o Pr. Claudinei.
Fonte: JMM/Redação CPADNews/ DIÁRIO GOSPEL
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