O jornal sul-africano 'Times' noticiou hoje o ataque verbal do
Presidente Jacob Zuma contra a religião cristã, que acusou de "ter
trazido para África órfãos, orfanatos e lares de idosos".
De acordo com o jornal, Zuma culpou o cristianismo "por muitos dos males que hoje afetam África" no decorrer de um discurso proferido na terça-feira em Kwamaphumulo, Kwazulu-Natal.
De acordo com o jornal, Zuma culpou o cristianismo "por muitos dos males que hoje afetam África" no decorrer de um discurso proferido na terça-feira em Kwamaphumulo, Kwazulu-Natal.
O 'Times' referiu que o objetivo do discurso era alertar para a segurança rodoviária, numa altura do ano em que centenas de sul-africanos morrem nas estradas do país.
"Como africanos, muito antes da chegada da religião e do culto nós tínhamos a nossa forma de fazer as coisas. Esses eram os tempos a que as pessoas religiosas se referem como 'a idade média' mas nós sabemos que nesses tempos não haviam órfãos, orfanatos nem lares de idosos. Foi o cristianismo que trouxe para cá essas coisas", disse Zuma, citado pelo 'Times'.
O Presidente sul-africano e do partido no poder desde 1994 (ANC, Congresso Nacional Africano) exortou no mesmo comício os presentes a "voltarem a fazer as coisas à maneira antiga" porque, disse, a modernidade tem sido nociva para a sociedade.
Como exemplo, Jacob Zuma referiu a legislação que proíbe os castigos corporais das crianças, afirmando que devido às leis em vigor os pais já não podem educar os filhos como querem.
"Apesar de não estar a culpar as leis, não consigo ser diplomático a este respeito. É um fato", concluiu o Presidente.
Apesar deste discurso, Zuma e vários outros dirigentes do ANC têm utilizado o cristianismo para promover o partido e os seus princípios em várias campanhas eleitorais e fora delas, recordou o jornal.
Em 2007, Zuma foi ordenado pastor honorário por uma assembleia geral das Igrejas Carismáticas Independentes, em Durban, e fala frequentemente nos púlpitos de várias igrejas de matriz cristã.
Antes das eleições de 2009 foi fortemente criticado por ter dito em Mpumalanga: "só quem votar no ANC vai para o céu quando morrer".
Antes disso, afirmou noutro comício que "o ANC governará a África do Sul até Jesus Cristo voltar à terra", o que gerou críticas de vários setores, religiosos e políticos.
Em Novembro de 2008, o então candidato presidencial Jacob Zuma disse numa conferência de líderes religiosos que "a África do Sul é um país baseado nas regras e nos princípios de Deus".
"Quando nós (dirigentes) tomamos posse no governo levantamos a mão direita e de fato pronunciamos 'que Deus nos ajude'. Penso que ninguém poderá negar que a África do Sul se baseia nos princípios de Deus", concluiu Zuma naquele discurso.
Fonte: DNoticias Portugal
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